Reflexão

A FÉ NÃO CONSISTE NA IGNORÂNCIA, MAS NO CONHECIMENTO.
João Calvino

sexta-feira, 2 de abril de 2010

3o Ano - Exercícios - 20 a 30

Capítulo 20

1. Sim, pois expressam o que não é sagrado, o que não está na dignidade da esfera religiosa.

2. Sim, pois o papa responde perante Deus pelo próprio imperador. O poder papal é, portanto, superior.

3. Porque com ele o papado se firmou como poder autônomo, e no seu tempo, a Igreja já era uma das maiores proprietárias de terras da Itália, alem de possuir organizada e eficiente administração.

4. A Igreja reagiu contra os poderes seculares, defendendo-se das inferências leigas, para não se transformar em mero instrumento da política dos Estados.

5. Santo Agostinho (século V), pensador que deu as bases da filosofia medieval, defendia que a Bíblia contém a revelação de Deus, cuja compreensão exige a fé, pois a razão não a alcança; Averróis (século XIII), filósofo árabe, restabeleceu a filosofia aristotélica no ocidente, e estava convencido e estava convencido de que o conhecimento racional era mais perfeito que o da fé, e vincula razão com demonstração e prova, separando nitidamente fé e razão; Tomás de Aquino (século XIII) buscou o equilíbrio entre fé e razão, considerando as verdades da fé como suprarracionais ou sobrenaturais, mas não irracionais, tendo o mérito de evitar a autossuficiência tanto da fé quanto da razão.

6. No texto 1, a hierarquia se manifesta na relação de superioridade do poder religioso sobre o temporal, tema comum da eclesiologia medieval; o texto 2 retrata uma relação hierárquica em menor grau, na qual o cavaleiro é superior ao seu escudeiro.

7. No texto 1, o pensamento de Aristóteles apresenta a filosofia realista; já o texto 2 o autor, Tomás de Aquino, reconhece que nossa capacidade intelectual é limitada e que o homem precisa de um luz sobrenatural para conhecer outras realidades não-naturais; no texto 3, Averróis louva o saber de Aristóteles, atribuindo tal saber ao fato de Aristóteles dever “ser considerado divino de preferência a humano”.


ATIVIDADES COMPLEMENTARES (pp. 201-211), questões de 11 a 41

11.B 12.A 13.A 15.E 18.D 22.B 27.C 29.B 34.E 35.B 36.B 37.C 38.E 39.D 40.B 41.E

14. A sociedade espartana caracterizava-se como estamental e rigidamente hierarquizada, cabendo aos esparciatas (aristocracia rural) o controle das terras e das instituições do Estado, bem como a exploração do trabalho dos periecos (homens livres sem cidadania) e dos hilotas (escravos do Estado)
Os esparciatas dedicavam-se a uma rígida formação militar para manter o equilíbrio entre a população aristocrática e os hilotas e também manter o "status quo" social de Esparta.

16. a) A Democracia; b) A democracia ateniense, restringia-se aos homens nascidos na cidade, excluindo dos direitos políticos as mulheres, os escravos e os metecos (estrangeiros). Como mecanismo de proteção à democracia, o ostracismo condenava ao exílio por dez anos, sem a perda dos bens, aqueles que ameaçavam a ordem.

17. Apesar de diferença básica entre a historicidade da República Romana e da atualidade brasileira, os dois textos demonstram o desrespeito dos candidatos ao sistema eleitoral, uma vez que a compra de votos se faz presente nos dois regimes políticos. Enquanto em Roma, os patrícios procuravam controlar o voto da plebe, no atual sistema republicano, no Brasil, apesar do direito de cidadania, a comercialização dos votos ainda constitui uma realidade. Em síntese, a exclusão social dos menos favorecidos os leva a uma dependência aos líderes políticos, fortalecendo o clientelismo, a valorização da propaganda e a compra de votos.

19. a) Por dívidas antes da Lei Licínia ou por conquistas militares. b) Agricultura, minas, artesanato e comércio.

20. Disputa pela hegemonia no Mediterrâneo Ocidental. Cartago foi derrotada.

21. a) Formar um exército disciplinado e bem treinado. b) Foi a base do império, responsável pelo último e maior império da antigüidade.

23. a) Em Esparta, ser homem e pertencer à elite dominante dos dórios, em um regime oligárquico, e em Atenas a democracia abrangia todos os homens, adultos, livres e atenienses, excluindo menores, mulheres, estrangeiros e escravos. b) Antes da expansão, a formação era mais moral que intelectual; depois e, principalmente, no período imperial, a educação se torna mais técnica e filosófica, dando preferência aos problemas práticos.

24. O idioma usado pelos romanos - o latim - que deu origem às chamadas línguas neolatinas, e o Direito Romano, que constituiu a base da legislação ocidental.

25. A igreja, instituição já organizada na época medieval, determinava a teoria social, hierarquizava a sociedade, condenava a usura, monopolizava a cultura e a educação, influenciava governantes e era grande detentora de terras.

26. a) era a mão-de-obra explorado, sujeito ao pagamento de várias obrigações e preso à terra que cultivava, devendo obediência ao senhor do feudo. b) A Igreja era a maior instituição medieval, detentora de enorme poder material e espiritual, fomentadora da mentalidade medieval e referência de poder universal – a cristandade – na Idade Média.

28. a) Sua pregação de salvação da alma, sua influência social e política, e suas obras assistencialistas garantiram o respeito e as generosas ofertas ao longo desse período. B) ao explicar e sacralizar as relações sociais feudo-vassálicas e senhoriais-servis, a Igreja explicava e justificava a ordem social medieval.

30. a) Era a homenagem. b) O vínculo de dependência, tanto do vassalo em relação ao suserano, quanto do servo em relação ao senhor.

31. Clero: eram os oratores, designados para a devoção religiosa e a súplica perante Deus; Nobreza: bellatores, cuja função era a de defender/proteger a sociedade, eram a aristocracia nobiliárquica e guerreira; Servos: os laboratores, camponeses sujeitos a condição de servidão, que trabalhavam a terra e produziam para o sustento da sociedade.

32. A política era descentralizada e estava nas mãos dos Senhores Feudais. O trabalho era servil. A Sociedade era dividida em dois estamentos (senhorial X servil) e em três ordens (clero e nobreza X servos) e a economia, tendendo a ser autosuficiente. A terra era a base do sistema.

33. Clero: eram os oratores, designados para a devoção religiosa e a súplica perante Deus; Nobreza: bellatores, cuja função era a de defender/proteger a sociedade, eram a aristocracia nobiliárquica e guerreira; Servos: os laboratores, camponeses sujeitos a condição de servidão, que trabalhavam a terra e produziam para o sustento da sociedade.

Capítulo 21

1. Conjuntura: modificações ocorridas dentro de um sistema social; Estrutura: modificação do próprio sistema social.

2. Porque era forçado a trabalhar sem receber nenhuma compensação material.

3. Porque se organizavam tendo em vista sobretudo a segurança contra ataques externos, sendo seu elemento principal o corpo militar aristocrático.

4. Porque foi o momento em que a guerra perdeu seu status de atividade essencial, ficando subordinada aos interesses econômicos e comerciais.

5. Considerando as quatro primeiras Cruzadas, temos: na primeira, o fervor religioso; na segunda e terceira, o espírito militar; na quarta, o interesse comercial.

6. É o momento histórico em que os comerciantes suplantam os guerreiros.

7. O processo de “urbanização do campo”, gerando pela primeira vez um “lugar estrutural autônomo”.

8. A) Na Antiguidade, as guerras tinham função econômica e política, que destacava o papel do guerreiro transformado em nobre, e compunha a sociedade antiga como nobiliárquica ou aristocrática. B) Subsistência: para a necessidade da comunidade que produz; de Mercado: para produção excedente, visando o lucro comercial.

9. Mais uma vez, a importância geopolítica do coração energético mundial determinou a participação dos EUA na Guerra do Golfo. A invasão do Kuwait e a ameaça de invasão da Arábia Saudita pelo Iraque representavam um forte golpe nos interesses americanos para a região. Se o Iraque realmente conseguisse anexar ao seu território o Kuwait e a Arábia Saudita, ele deteria metade das reservas de petróleo mundiais, exercendo um grande poder de monopólio sobre a principal fonte de abastecimento energético das economias industrializadas do Ocidente. Como o poderio bélico iraquiano era o mais poderoso da região, facilmente Saddam Hussein conseguiria suplantar a força militar dos Estados vizinhos. Desta forma, os EUA acreditaram que somente uma força externa seria capaz de conter o avanço do Iraque.
Leia o artigo completo em
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0310318_05_cap_04.pdf

Capítulo 22

1. As crenças dos povos da América sobre o retorno dos deuses, as armas de fogo dos europeus, e as epidemias.

2. Com as guerras constantes entre as tribos, os portugueses apoiavam ora uma tribo, ora outra.

3. A idéia de grande acumulação de metais, ouro e prata (metalismo). Para atingir esse objetivo, os mecanismo usados foram: INTERVENCIONISMO ESTATAL, balança comercial favorável, protecionismo alfandegário, manufatura para exportação, incentivo ao crescimento demográfico, concessão de monopólios, exploração colonial.

4. O interesse econômico na exploração colonial, que foi substituindo o ideal religioso de cristianizar os nativos.

5. A condição de Portugal como primeiro Estado Moderno, unificado e pacificado, e a união de interesses da Coroa (lucro, ampliação territorial, anexação de terras e povos), dos comerciantes (lucro, maior expansão comercial) e da Igreja (evangelização dos pagãos e infiéis).

6. Espanha: mineradora, com mão-de-obra indígena; Portugal: agrícola (cana-de-açucar), com exploração escravista africana.

7. A exploração colonial, seja a mineradora espanhola ou a açucareira de Portugal, foi organizada para atender ao mercado externo, este submisso às regras dos Estados absolutistas, compondo a política mercantilista.

8. Portanto, sendo certo que os índios eram povos bárbaros – ou seja, que não têm fé, leis, sacrificam e se alimentam de vítimas humanas em cultos satânicos – inferiores aos espanhóis, nada mais justo e conforme a natureza que estes os dominassem. Além disso, os conquistadores poderiam recorrer à violência a fim de impor a dominação, pois a conquista era vista como um ato de justiça, capaz de retirar o bárbaro da sua barbárie, oferecendo-lhe todas as benesses da vida civilizada.
Leia o artigo completo em:
http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/index.php/buscalegis/article/viewFile/32329/31549

Capítulo 23

1. Surgiu na obra de Girogio Vasari (séc. 16), que expôs a opinião da decadência da cultura clássica com a queda do império romano, cultura que teria renascido em meados do século XIII.

2. O humanismo revaloriza e retoma o estudo das ciências humanas ou humanidades. O individualismo realça o valor do indivíduo, expresso na produção dos retratos tão típicos dessa época.

3. Não, pois não se negava que Deus tivesse feito o mundo e os homens, mas que era preciso ter uma visão racional da natureza e da sociedade.

4. Porque nele se sobressai elementos renascentistas típicos, como o espírito investigativo e o valor da experiência.

5. Porque era uma forma de exaltar elementos de destaque da sociedade, principalmente comerciantes que, na prática da sua atividade, reforçaram o individualismo e incentivaram essa produção personalista.

6. Valorizarem a língua vulgar, tornando o italiano uma língua literária.

7. A) A união fraternal, a dignidade do individuo, a cultura aberta e dinâmica. B) Que mesmo em regiões onde não havia uma forte camada burguesa, ele conseguiu se implantar, ou seja, ele funcionou a contento.

8. Inspiração da cultura clássica, valorização do conhecimento humanista, racionalismo, proporção geométrica, perspectiva e profundidade.
Para uma explicação detalhada da obra, queira ver
http://200.233.146.122:81/revistadigital/index.php/poros/article/viewFile/115/114

9. Os meios de comunicação cada vez mais imediatos: além de todos os recursos da telefonia móvel, a internet.

10. O racionalismo e a valorização do homem, próprios do Renascimento, deram origem a uma mentalidade que se opunha a religiosidade católica medieval. O espírito crítico do Renascimento colocou em xeque os tradicionais ensinamentos da Igreja. A divulgação e a leitura dos textos bíblicos, dos escritos dos sábios da antiguidade e dos santos da Igreja criaram um clima de debate e questionamento das verdades estabelecidas. Tanto que os primeiros movimentos que questionaram a autoridade da Igreja surgiram no interior das Universidades. O homem renascentista exigia uma religião mais adequada aos novos tempos.

Capítulo 24

1. O Renascimento foi dirigido a uma minoria elitizada, e permaneceu circunscrito a ela. A Reforma, até pelo seu tema mais amplo (a salvação), propagou-se rapidamente, atingindo grupos sociais indistintos, do campesianto a nobreza.

2. A) É uma opinião contrária ao dogma oficial (no caso, do catolicismo). B) Porque ele teve grande apoio, não só popular mas, principalmente, de parte da nobreza germânica.

3. A) A essência cristã, os conceitos de pecado e necessidade de salvação, e a proeminência de Jesus Cristo. B) Sobre como conseguir a salvação: catolicismo = obras; luteranismo = fé; calvinismo e anglicanismo = predestinação. Sobre a organização eclesiástica: catolicismo, luteranismo, anglicanismo = episcopal; calvinismo = congregacional. Sobre a liderança terrena da Igreja: catolicismo = papa; luteranismo = príncipe; anglicanismo = rei; calvinismo = oficiais locais (pastores).

4. Porque o sinal da predestinação era a vocação, e o trabalho tornou-se um sacaramento.

5. Porque surgiu com idéia de purificar o anglicanismo dos resquícios de catolicismo existente, principalmente na estrutura eclesiástica episcopal. Por querer tornar o anglicanismo mais “puro”, veio daí a expressão “puritano”.

6. O protestantismo, principalmente o calvinista, criou trabalhadores e empresários disciplinados e sóbrios, admiravelmente ajustados às necessidades do desenvolvimento capitalista. O protestantismo foi, em boa medida, uma versão burguesa do cristianismo.

7. Convocando o Concílio de Trento (1545-1563), instituindo o Índex, e o Tribunal da Inquisição, criando o catecismo e os seminários, fundando o Companhia de Jesus.

8. A necessidade dos fiéis de uma teologia mais sólida e viva vem em Lutero, com uma religiosidade sem intermediação da Igreja e mais pessoal-individual, e com Calvino a reflexão teológica aproxima-se da atividade comercial, com a doutrina da predestinação e vocação.

9. O apoio recebido dos camponeses (a princípio), e da nobreza germânica (mais consistentemente e por motivos não só religiosos).

10. O humanismo renascentista e o advento da imprensa (que a mais fraca mulher lesse), a prática da tradução, a produção têxtil (o tecelão) e a expansão comercial (o viajante).

Capítulo 25

1. A posse de terras.

2. Da guerra e do casamento.

3. Ao exército real, tirando da nobreza sua característica essencial – a belicosidade – e compensando-a com a concessão de privilégios.

4. O poder real, não sendo então controlado por nenhum outro poder, externo ou interno, se torna em seu domínio o poder supremo ou absoluto... Mas ele era limitado externamente por outros Estados soberanos e absolutos, e internamente pelos valores e crenças da época (parte das leis fundamentais do reino, que ele obedecia para garantir sua legitimidade).

5. A base e a essência do absolutismo era a manutenção da desigualdade perante a lei.

6. Até a Idade Média, a nobreza era essencialmente guerreira. Com o monopólio real da força no início da Modernidade, a nobreza perdeu esse elemento distintivo, mantendo apenas a posse das terras. Para evitar a igualdade com outros grupos não-nobres, a ação do Estado foi no sentido de cumular a nobreza de privilégios, dentre eles a pensão real e presença na Corte – gerando assim a nobreza cortesã.

7. Porque nele entrelaçam-se os interesses aristocráticos-feudais e burgueses, mas de maneira problemática e tensa, pois são interesses conflitantes.

8. Estruturas regulares, tropas em serviço mesmo em tempos de paz, desejo de jovens em fazer carreiras militares, rendas regulares para manter o exército.

9. Pelo conceito filosófico, não, pois não é legal nem justo.

Capítulo 26

1. Os conflitos de interesse e luta pelo poder entre o papa e o imperador, que anulavam-se mutuamente, permitindo o reforço dos poderes locais.

2. Com a imposição da Bula de Ouro no século XIV, a escolha do imperador ficava sob a decisão de sete príncipes, indicando claramente a limitação do poder imperial, e a tentativa do poder imperial de se impor na Itália gerava, além da reação do papado e das repúblicas do centro-norte, a possibilidade de fortalecimento de poder da própria nobreza germânica.

3. O papado e seus aliados concentrados no partido guelfo.

4. Grupos que surgem, originariamente, no SIRG, em consequência da Querela das Investiduras (1076-1122) relacionados ao interesse de uma ou outra família nobre ao trono imperial (Gibelinos, Staufen; Guelfos, Welf). No século XIII, diante das pretensões de Frederico II de dominar a Itália, o papa reúne seus aliados no grupo dos guelfos, enquanto os aliados do imperador comporiam os gibelinos. Dessa forma, transfere-se para o território italiano a disputa de grupos rivais surgida na Itália.

5. a) Apesar da humilhação de Canossa que o imperador sofreu, o papa terminou seus dias no exílio. Empate? b) Apesar do poder extenso da Igreja, expresso na bula Dictatus Papae... ele terminou seus dias exilado...

Capítulo 27

1. Por causa da formação das dinastias dos dois países, com elementos de parentesco e consaguineidade, do território francês, que possuía ducados poderosos e vassalos da Inglaterra, como o de Borgonha, além da atividade comercial em Flandres, território vassálico da França pretendido pela Inglaterra, fatores que cooperam para a eclosão da Guerra dos Cem Anos entre os dois países.

2. Filipe Augusto (1180-1223): incluiu seus conselheiros na Corte (assembleia), criou a chancelaria, controlou gastos, instalou os bailios (para regiões distantes) e senescais (para territórios recém-conquistados); Francisco I (1515-1547): superou os particularismos feudais e definiu claramente o absolutismo francês; Luís XIV: sistematizou o colbertismo, comprometeu as finanças do país com várias guerras.

3. O permanente déficit financeiro, que nunca teve solução eficaz (impostos, venda de cargos, empréstimos); insatisfação dos privilegiados locais, contrários à centralização; ausência de distinção entre público/privado, principalmente os impostos, que eram recolhidos de toda a sociedade, mas usados pelo rei como um recurso privado.

4. Porque a sua política gerou gastos, insatisfação popular, perseguição religiosa (lembrem da revogação do Edito de Nantes), e guerras que só ampliaram a crise econômica do Estado Francês.

5. Simplificação e aperfeiçoamento das leis; reorganização da justiça/polícia/comércio/artesanato/manufaturas; supressão de parte dos direitos/privilégios da Igreja/universidade/ofícios; vigilância severa da liberdade de expressão.

6. CONTEXTO HISTÓRICO
A noite de São Bartolomeu, massacre de mais de 3 mil protestantes, ocorrido em 24 de agosto de 1572, marca as sangrentas lutas religiosas que atrasaram a consolidação do absolutismo francês. Esse acontecimento caracteriza a fase final da dinastia Valois, que governava a França desde a idade média.
O casamento forçado entre Margot, irmã de Carlos IX (rei da França) e o protestante Henrique de Navarra (Bourbon), não paralisou as lutas religiosas entre católicos e protestantes. Com a noite de São Bartolomeu, ressurgia o combate, estimulado pelo papa, envolvendo várias regiões européias.
Com a morte de Carlos IX, sobe ao trono seu irmão Henrique III, iniciando-se uma guerra civil conhecida como "Guerra dos três Henriques", entre Henrique de Guise, que fundou com líderes católicos franceses a Liga Católica e Henrique III, que contou com o apoio de seu cunhado Henrique de Navarra. Os dois últimos lideram o cerco sobre Paris em 1589, quando Henrique III é assassinado.
Henrique de Navarra assume então o trono francês como Henrique IV, convertendo-se ao catolicismo - "Paris bem vale uma missa" - mas publicando o edito de Nantes que dava liberdade de culto aos protestantes. Seu governo marca o início da dinastia Bourbon, que conhecerá o apogeu do Estado absolutista no longo reinado de Luiz XIV (1661-1715) o "rei sol", para depois nos reinados de Luiz XV e Luiz XVI, conhecer a decadência e crise, que culminou com a revolução francesa em 1789, acontecimento que marca o início da Idade Contemporânea.
O absolutismo foi a forma de governo que caracterizou os chamados Estados Modernos europeus, marcados pela ampla concentração de poderes nas mãos do rei. Ao longo dos séculos XV e XVI a relação entre rei e burguesia era de aliança, já que ambos simbolizavam o novo (capitalismo nascente), em oposição ao clero e nobreza defendiam o velho (feudalismo decadente). Enquanto a burguesia representava a iniciativa privada e o comércio (atividade mais promissora da época), o rei representava um Estado forte e protecionista, capaz de padronizar defesa militar (exércitos nacionais), leis e moedas, viabilizando ainda mais a acumulação de capital durante a idade moderna.
Nos séculos XVII e XVIII, a relação entre rei e burguesia passa a ser de confronto, pois a burguesia com muito capital acumulado, reivindica o poder político, voltando-se assim contra seu antigo aliado, através das revoluções inglesas (puritana e gloriosa) entre 1649 e 1688 e da revolução francesa em 1789, antecedida das revoluções industrial e americana e influenciada pelos princípios liberais e iluministas, no contexto de crise do Antigo Regime europeu.

http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=99


Capítulo 28

1. Colecionador de fracassos, João-Sem-Terra, derrotado pelo rei da França em 1214, volta para a Inglaterra, recepcionado pela insatisfação dos barões, que impuseram a ele a Magna Carta (1215), limitando o poder real em relação a cobrança de impostos, obrigando-o a respeitar o Grande Conselho.

2. Principalmente porque, com essas provisões, as limitações pretendiam beneficiar toda a sociedade.

3. Henrique VIII: reforma protestante, imposição do anglicanismo (1534, Ato de Supremacia); Elizabeth I: consolidação do anglicanismo, impulso ao comércio marítimo, vitória sobre a Invencível Armada de Filipe II, rei da Espanha.

4. A de ter atacado e derrotado o poder do papado.

5. O Exército era menos versátil e gerava maior custo. O desenvolvimento da Marinha mostra-se, assim, opção mais vantajosa, e o incentivo à marinha mercante e de guerra garantirá a supremacia tanto econômico quanto militar.

Capítulo 29

1. Foi a luta dos cristãos contra os muçulmanos para reconquistar a Península Ibérica. Essa luta garantiu a centralização do poder monárquico e a grande influência do catolicismo na região.

2. Em comum: América espanhola, península ibérica, sul da Itália. Domínios de Filipe II: colônias portuguesas na América, África e Ásia.

3. Países Baixos, adesão ao calvinismo. Espanha, católica. Política espanhola desde Carlos V: perseguição religiosa, cobrança de impostos. Oposição dos Países Baixos à Espanha de Filipe II. Guerra, independência da Holanda.

4. A) grande extração de prata; desenvolvimento da produção de vinho/azeite; b) importação de grãos, surto inflacionário, queda da produção manufatureira.

5. Dificuldade de cobrar impostos, falta de racionalidade em relação aos gastos estatais.

6. Os reis espanhóis, deslumbrados com a riqueza extraída da América, não criaram um sistema adequado de administração, erro fatal agravado com o saldo negativo da política externa do país, derrotado pela Inglaterra (1588), perdendo Portugal (1640) e Holanda (1648).

7. Espanha: absolutismo, catolicismo, manutenção da política mercantilista, ruína. Holanda: oposição ao absolutismo (república), adesão ao calvinismo, tolerância, desenvolvimento artístico-cultural, primeiro e único Estado-nação republicano que existiu no século XVII.

Capítulo 30

1. (C) (A) (D) (B)

2. Na Antiguidade e Idade Média, quem não pertencia a determinado grupo era visto como inimigo, o que favorecia o predomínio da nobreza guerreira. Esse predomínio foi sendo minado pela mercantilização da economia, pois os antigos inimigos passam a ser vistos como possíveis parceiros comerciais.

3. À medida em que cada vez mais pessoas se integravam ao circuito comercial, a relação de interesse se impunha como questão social e pública.

4. Pólis é a cidade-estado grega, espaço da cidadania, e dela deriva nossa palavra político. Res publica, do latim, é a noção do poder como pertencente a todos, como coisa publica.

5. A) Não, pois o homem medieval é, primeiramente, cristão, e a questão espiritual da salvação deixou a questão política em segundo plano. B) Como um fenômeno puramente humano, desvinculado da religião, moral ou ética.

6. Suserano, poder limitado, sobre os seus vassalos. Soberano, poder absoluto, sobre toda a sociedade (seus súditos).

7. Absolutismo, Estado soberano para garantir a paz social (contrato social que garante o poder absoluto do soberano). Idéias de Hobbes, na obra Leviatã. Com a expansão da economia de mercado, maior noção de igualdade. John Locke, Estado deve garantir a liberdade, e o povo tem o direito de rebelião. Com Rousseau, poder derivado da vontade popular, democracia (contrato social que garante a soberania popular, não mais o poder absoluto).

8. Aristóteles ----------------- -----------------
Maquiavel Príncipe
Hobbes Soberano Poder supremo do monarca se impõe.
Locke Representação da sociedade civil Liberdade = direito natural
Rousseau Democracia Soberania popular

9. Liberdade no espaço público, onde os cidadãos interagiam com seus iguais. Portanto, subentende-se que os não- cidadãos, os não-livres, eram desiguais. Assim como não era para todos a liberdade, também não eram para todos a igualdade.

10. Resposta pessoal. ORIENTAÇÃO: Vale rever a questão anterior e atentar para o óbvio.

11. A) O Estado é soberano, mas sua autoridade vem somente do contrato que o faz nascer. B) Uma relação estabelecida a partir de uma visão burguesa: a propriedade é o alicerce da liberdade. C) A propriedade, sim; o poder político, não.

12. O príncipe deve ser mais temido que amado; ser temido, mas não odiado.

13. O Absolutismo Democrático nasce sob a égide da vontade popular, que vai consagrar com vitórias eleitorais os candidatos do PT e da tal base aliada, um heterogêneo saco de gatos que reúne partidos de esquerda, direita, centro e o PMDB, que na verdade não é nem um partido, é uma massa amorfa que adere a qualquer coisa, uma espécie de parasita sempre em busca de como sugar o seu hospedeiro.
No Absolutismo Democrático tudo é permitido ao seu monarca, desde dar palpite sobre a seleção, até defender que se fume em lugares públicos. Sem críticas, sem reprimendas e sem contestações. Em ano eleitoral, quem há de se insurgir contra o senhor de todos os votos?
Como todo novo regime, ainda não dá pra saber no que vai dar o Absolutismo Democrático. Vamos esperar para ver se essa novidade brasileira vai gerar uma presidenta ou um terceiro mandato para Lula, o que acho pouco provável já que apesar de ser um absolutista democrático, nosso presidente não é um déspota esclarecido. Aliás não é nem déspota e muito menos esclarecido, mas que tá bem na foto, tá. Não resta a menor dúvida.
Opinião – concorde ou discorde. Veja o artigo todo em
http://acertodecontas.blog.br/artigos/absolutismo-democratico/

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