Reflexão

A FÉ NÃO CONSISTE NA IGNORÂNCIA, MAS NO CONHECIMENTO.
João Calvino

sexta-feira, 29 de junho de 2012

3ARPS2E



1. Estude TUDO, mantenha o FOCO  e seja DISCIPLINADO!
2. Priorize os temas a seguir, mas NÃO DEIXE DE FAZER A RELAÇÃO DAS PARTES COM O TODO!
-  Conceito de FAMÍLIA e ESTADO;
- Burguesia; Revolução Francesa; ideais liberais;
- Durkheim: pensamento sociológico (solidariedade mecânica/orgânica; fato social; regras sociais; consciência coletiva; solidariedade social);
- Marx: RELAÇÃO DE PRODUÇÃO E RELAÇÕES SOCIAIS;
- Desigualdade social; pobreza (moradia, favela);
- Socialização e RELAÇÕES DE GÊNERO;
- Economia informal;
- Brasil: democracia à eleição; sufrágio universal.
- Capitalismo; empregabilidade.
- Teoria malthusiana
- In(ex)clusão digital.

3. Use a Internet como ferramenta de estudo: faça pesquisa rápidas sobre os conteúdos priorizados para ter outras ideias e leituras mais aprofundadas!!!
#ficadica
4. EXERCITE-SE: uma mente que não se exercita é um músculo que tem tudo pra ficar inútil e atrofiado!!!!
Questões para revisão:
http://manguevirtual.blogspot.com.br/2010/08/questoes-da-uema.html

Deus abençoe vocês. Sucesso nas avaliações, até 23 de julho.

terça-feira, 26 de junho de 2012

20 de junho... na História


Hoje na História: 1792 - Sans culottes fazem primeira investida contra o regime de Luis XVI

Nova política religiosa suscitava violenta oposição nos centros urbanos e no campo, onde a grande massa dos franceses continuava ligada ao clero

 No dia 20 de junho de 1792, o rei Luis XVI se vê confrontado com a primeira
 jornada revolucionária dos sans culottes parisienses – trabalhadores e artesãos que
 não possuíam culotes, os calções típicos da nobreza.














O conflito entre o povo parisiense e a monarquia estava apenas começando. Suas causas estavam na nacionalização dos bens da Igreja. A nova política religiosa suscitava violenta oposição nos centros urbanos e no campo, onde a grande massa dos franceses continuava ligada ao clero local.
WikiCommons
Durante o verão de 1791, dois deputados, Gallois e Gensonné, avaliam in loco a Vendeia e Choletais e constatam que o fervor quase unânime da Festa da Federação (uma celebração comemorativa do primeiro aniversário da Queda da Bastilha) estava bastante desvanecido. Mesmo com a advertência dos dois parlamentares, a nova Assembleia Nacional legislativa convoca todos os padres refratários a prestar juramento. Desta vez o rei procede com seu veto.
Em 1º de fevereiro de 1792, 400 clérigos que não quiseram prestar juramento foram internados em Angers. A lei de 27 de maio de 1792 ameaça de deportação todos os religiosos refratários. O rei veta a medida novamente e a lei é suspensa. Padres se exilam. Muitos se escondem e continuam a praticar os sacramentos fora das igrejas. Outros, sobem ao cadafalso e são guilhotinados.
Mais além, vêm à tona ainda acontecimentos externos. Em 20 de abril de 1792, o rei e a Assembleia Nacional declaram guerra à Austria que, aliada à Prússia, concentra suas tropas na fronteira. A Assembleia vota um decreto visando a formar um contingente de 20 mil voluntários nos muros da capital para defendê-la. Novamente o rei lança seu veto.
O ministro Roland, um jacobino, dirige-lhe uma carta de admoestação. A carta é rechaçada e o rei constitui um novo ministério, composto unicamente por personalidades do Clube des Feuillants, grupo político de tendência monarquista constitucional que se opunha à destituição do rei Luis XVI. Essa foi a gota d’água para os sans culottes, que se agitam nos clubes revolucionários jacobinos.
Em 20 de junho de 1792, exigem que a Assembleia prive o rei de seu direito de veto para depois investir contra o palácio das Tulherias, onde residia a família real. Desafiam o rei Luis XVI bradando “abaixo o veto!”. Pressionam o monarca a cobrir a cabeça com um barrete vermelho e a beber uma taça de vinho “à saúde do povo”. Todavia, Luis XVI não se deixa desmoralizar e não faz qualquer concessão à multidão, que se retira sem ter obtido nada menos que satisfações simbólicas.
Os espíritos se acaloraram. Em 11 de julho, a Assembleia decreta que “a pátria está em perigo” e mobiliza o país diante da previsão de invasão estrangeira. Abre os escritórios de alistamento para recrutar voluntários e reforça os efetivos do exército.
Os voluntários se alistam com entusiasmo relativo, de acordo com cada região. O leste do país está mais mobilizado do que o oeste. Em Paris, os destacamentos da Guarda Nacional percorrem as ruas ao som de marchas militares, precedidos de um estandarte com a seguinte inscrição: “Cidadãos, a pátria está em perigo”.
Apesar do veto do rei, os deputados tomam a liberdade de autorizar os voluntários dos departamentos de invadir Paris, de modo que os marselheses chegam à capital cantando valentemente o Canto de Guerra do Exércitio do Reno, que seria rebatizado de Marselhesa pelos parisienses.
Em 15 de julho, em Coblença, às margens do Reno, o duque de Brunswick, que comandava o exército prussiano, promete em manifesto escrito “submeter Paris a uma execução militar e a uma subversão total, se a família real sofrer o menor ultraje”.
Contrariamente às suas expectativas, a ameaça desencadeia um assomo patriótico dos franceses
Também nesse dia:

As missões na Amazônia


In:http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3614&secao=348

Acessado em 26.06.2012


As missões na Amazônia

Entre os missionários presentes na Capitania de Grão-Pará, na Amazônia, em 1720, os jesuítas foram os que mais se destacaram. Das 63 missões da região, 19 estavam sob o controle da Companhia de Jesus, informa José Alves de Souza Jr.

Por: Patricia Fachin

“A colonização portuguesa na Amazônia desenvolveu-se assentada no tripé: comércio/aldeamentos/fortalezas”, menciona José Alves de Souza Jr., em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line. Ele explica que, já em meados de 1600, a Amazônia “exigia extremo cuidado por parte dos portugueses, haja vista o constante assédio que sofria de seus vizinhos”. Para garantir a ocupação lusitana na região, a alternativa foi colonizar os índios, o que exigiu, segundo o pesquisador, a necessidade de transformá-los em índios-colonos, “através de um processo de desindianização e aportuguesamento que os levasse a interiorizar os interesses portugueses”. Daí, explica Souza Jr., “a grande importância dos aldeamentos missionários, onde os índios “descidos” eram submetidos ao referido processo por meio da catequese, para que se tornassem cristãos a serviço da colonização”.
Entre os missionários, os jesuítas se destacaram, eram os que “mais promoveram a interiorização da catequese na Amazônia”. A competência deles em “lidar com os índios era reconhecida pela própria Coroa, que, inúmeras vezes, lhes entregou o monopólio dos descimentos e da administração temporal dos aldeamentos”.
José Alves de Souza Jr. é graduado em Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal do Pará, mestre em História pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp e doutor em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - USP. Atualmente é professor na Universidade Federal do Pará. É autor de Mundo Contemporâneo. Do Imperialismo à derrocada do Leste Europeu (Belém: Editora Paka-Tatu Ltda, 2002). O professor participará da mesa-redonda 1: Modelos e estratégias missionárias, com o professor Karl-Heinz Arenz. O evento, parte integrante do XII Simpósio Internacional IHU – A experiência missioneira: território, cultura e identidade, acontecerá no dia 27-10-2010, às 14h, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – IHU.
Confira a entrevista.
IHU On-Line - De acordo com dados históricos, a partir de que momento chegaram os primeiros estrangeiros na Amazônia e como se deu o contato deles com os habitantes indígenas?
José Alves de Souza Jr - A presença de estrangeiros na Amazônia é muito anterior à chegada dos portugueses na região no século XVII, mais precisamente no ano de 1616, quando, a 12 de janeiro, Francisco Caldeira Castelo Branco fundou o Forte do Presépio, núcleo originário da cidade de Belém. Os espanhóis foram os primeiros a navegar o rio Amazonas, por eles denominado de Santa Maria de la Mar Dulce, com as expedições de Vicente Yanez Pinson e Diogo de Lepe ainda no século XV, de Gonçalo Pizarro e Francisco Orellana, que, entre 1539 e 1541, navegou por toda a extensão do rio Amazonas, de Pedro Ursua, em 1561, em busca do El dorado, terminada por Lope de Aguirre, já que Ursúa foi assassinado por seus companheiros de viagem. Também ingleses, holandeses e franceses estiveram na região durante o século XVI. O contato com os indígenas da região para alguns desses expedicionários foi trágico, sendo este o caso da expedição de Aguirre, praticamente dizimada por índios. No entanto, tal contato envolvia também relações de troca e, em alguns casos, como o da expedição francesa que invadiu o Maranhão, em 1612, com o objetivo de fundar a França Equinocial, de aliança militar celebrada com os Tupinambá.
IHU On-Line - Como se deu o processo de missões religiosas na Amazônia? Quais as primeiras ordens religiosas que atuaram na região e como era a relação entre indígenas e missionários?
José Alves de Souza Jr - A colonização portuguesa na Amazônia desenvolveu-se assentada no tripé: comércio/aldeamentos/fortalezas. Área de fronteira colonial e circundada por inúmeras possessões estrangeiras, a Amazônia exigia extremo cuidado por parte dos portugueses, haja vista o constante assédio que sofria de seus vizinhos. Nesse sentido, a ocupação efetiva da região constituía-se em necessidade imperiosa, pois só assim o domínio lusitano estaria garantido. A dificuldade de deslocar colonos brancos para a região fez dos índios a principal alternativa da colonização, o que exigia a sua transformação em índios-colonos, através de um processo de desindianização e aportuguesamento que os levasse a interiorizar os interesses portugueses. Daí a grande importância dos aldeamentos missionários, onde os índios “descidos” eram submetidos ao referido processo por meio da catequese, para que se tornassem cristãos a serviço da colonização. Além disso, as missões, principalmente as jesuíticas, que foram as que mais se interiorizaram na região, serviam também de “muralhas do sertão”. As ordens religiosas que atuaram na Amazônia foram os Franciscanos, Carmelitas, Mercedários e Jesuítas.
IHU On-Line – Por que as missões jesuíticas foram denominadas de muralhas do sertão?
José Alves de Souza Jr - Pelo fato de funcionarem como defesa contra o assédio de estrangeiros nas fronteiras da Colônia na região Norte e em outras regiões do Brasil, na medida em que a instalação das missões nessas áreas iniciava o processo de ocupação da mesmas, garantindo assim o domínio lusitano. Vale ressaltar que os jesuítas foram os missionários que mais promoveram a interiorização da catequese na Amazônia, servindo como exemplo disso a solicitação apresentada a D. José I, em 1753, pelo padre jesuíta alemão Lourenço Kaulen para que “se dignasse permitir aos PP. Alemães que viemos para trabalhar e para salvar as almas, que passem, por exemplo, rio Tapajós ou Xingu, onde pudéssemos empregar o nosso zelo...” , área fronteiriça com a América espanhola, cujo único acesso possível era por canoa, levando a viagem de dois a três meses, permissão essa, é claro, concedida.
IHU On-Line - Como e em qual momento histórico se constituiu o processo de instalação e desenvolvimento da Companhia de Jesus no Grão-Pará (estado do Grão-Pará e Maranhão) foi uma das unidades administrativas da América portuguesa juntamente com o Estado do Brasil? Por que os jesuítas tiveram maior destaque na região?
José Alves de Souza Jr - A instalação da Companhia de Jesus na Capitania do Grão-Pará foi marcada pela adversidade, pois os primeiros jesuítas que para lá se deslocaram, sob as ordens do Pe. Luiz Figueira, no ano de 1645, acabaram mortos nas mãos dos índios aruans, depois que a embarcação em que viajavam naufragou na entrada da baía do Sol (praia da ilha do Mosqueiro (balneário de praias de água doce, próximo à Belém). Em 1652, o Pe. Antonio Vieira e mais sete jesuítas foram mandados para o Maranhão, vindo Vieira investido no cargo de Superior das Missões e o Pe. Manoel de Lima no de Comissário do Santo Ofício.
Entre os missionários, a competência dos jesuítas em lidar com os índios era reconhecida pela própria Coroa, que, inúmeras vezes, lhes entregou o monopólio dos descimentos e da administração temporal dos aldeamentos. Ao se instalarem em Belém, fundaram o Colégio de Santo Alexandre, onde educavam índios e filhos de colonos, e disseminaram um expressivo número de missões pelo território, inclusive nas áreas de fronteira com os outros domínios coloniais.
Durante o período da União Ibérica (1580-1640), Filipe III (IV na Espanha) dividiu a colônia em duas unidades administrativas independentes, por Carta Régia de 04/05/1617, confirmada por outra de 13/06/1621: o Estado do Brasil, com sede em Salvador, e o Estado Colonial do Maranhão, com sede em São Luís. Em 1652, o Estado Colonial do Maranhão foi extinto e instituídas duas capitanias gerais, a do Maranhão e a do Grão-Pará. Por Carta Régia de 25-08-1654 foi restabelecido o Estado, agora como Estado do Maranhão e Grão-Pará, com sede ainda em São Luís. No ano de 1751, D. José I transferiu a capital do estado de São Luís para Belém, passando o mesmo a ser denominado de estado do Grão-Pará e Maranhão.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

EUA: de colônia a país

O mapa mostra alguns aspectos da história colonial dos ingleses na América do Norte, junto com uma cronologia da História dos Estados Unidos até 1800.


quarta-feira, 20 de junho de 2012

América


Vídeo-aulas... dá aquela ideia geral que é tão importante!

Essa é narrada por uma "purtuguêsi de Purtugal", muito boa!

Essa é da série Vestibulando Digital... recomendo!

1 - Estados Unidos

2 - América Latina




Em crise... Sei...


Colonização...





Hoje, 20 de junho... na História!


In:
http://operamundi.uol.com.br

1789 - Na França, terceiro estado proclama a Assembleia Nacional

"Nós daqui sairemos somente pela força das baionetas”, bradavam os deputados em resistência ao absolutismo e na busca de uma constituição


No dia 17 junho de 1789, em Versalhes, os deputados do Terceiro Estado acatam uma proposta do abade Sieyes e, com o reforço político de padres dissidentes da assembleia do clero, proclamam-se parte da Assembleia Nacional.
Algumas semanas antes, o rei Luis XVI havia reunido os Estados Gerais com os representantes das três ordens – nobreza, clero e terceiro estado (burguesia) – com vistas a encontrar uma solução ao déficit que assolava o governo. O terceiro estado representava os franceses que não tinham direito a qualquer privilégio particular. Seus deputados eram egressos da burguesia, composta em sua maioria por advogados.
Segundo as palavras de Sieyes, eles representavam “86% da Nação”. Isso fez com que seus deputados rejeitassem a medieval divisão em três ordens e passassem, inclusive, a se arrogar o direito de captação de impostos. Seguindo o exemplo dos norte-americanos e dos independentistas corsos, os deputados procuravam fixar por escrito as futuras regras de governo e as atribuições de cada oficial do governo nos termos de uma Constituição.
WikiCommons
O rei Luis XVI recebe muito mal a decisão e, a conselho da aristocracia, ordena o fechamento da sala Menus Plaisirs, onde os deputados tinham o hábito de se reunir. Em 20 de junho, os deputados se reúnem em uma outra sala de Versalhes, a Jeu de Paume, onde juram, sob a presidência de Bailly, “jamais se dispersar e se reunir em qualquer lugar que as circunstâncias exigirem até que a constituição do reino seja estabelecida e consolidada sobre fundamentos sólidos”.
Três dias mais tarde, em 23 de junho, o rei decide dirigir aos deputados ordens de maior firmeza e decreta que os grupos sejam fragmentados de acordo com as ordens de cada um de seus membros. O Terceiro Estado e seus aliados do clero, contudo, recusam a submissão.
A posteridade iria idealizar o incidente, atribuindo ao orador Mirabeau o célebre discurso “Vá dizer àqueles que vos enviam que nós estamos aqui pela vontade nacional e que nós daqui sairemos somente pela força das baionetas”. Guardas entram na sala para esvaziá-la. Mas eis que deputados da nobreza se interpõem. Ninguém menos que o marquês de La Fayette e o duque de La Rochefoucauld. Os guardas não ousam agir e se retiram. Informado do incidente, o rei cede: “Se não querem sair que permaneçam!”.
No dia seguinte, 46 deputados da nobreza liberal conduzidos pessoalmente pelo duque de Orléans, primo do rei, juntam-se aos deputados do Terceiro Estado e do clero no seio da nova Assembleia Nacional. Em 27 de junho, a conselho de seu ministro Necker, o rei ordena finalmente que os deputados se reúnam em Assembleia Nacional.
Enquanto isso, no campo, os camponeses se revoltam e começam a se dirigir aos castelos e aos terriers (tocas), velhos redutos em que estavam inscritos os direitos de propriedade dos senhores feudais. Os rumores de massacre se espraiam de uma aldeia a outra. É o Grande Temor.
À luz desses acontecimentos, os deputados compreendem que somente uma nova política de impostos  seria insuficiente para restabelecer a tranquilidade no país. Decidem rever as instituições monárquicas, um conjunto de direitos e de práticas fundados nos usos e costumes e nas incertezas da história.
Em 9 de julho de 1789, oficializam seu projeto de outorgar uma constituição ao reino e se autoproclamam Assembleia Nacional Constituinte. Seria o fim do absolutismo real e o início da Revolução Francesa.

1792 - Sans culottes fazem primeira investida contra o regime de Luis XVI


Nova política religiosa suscitava violenta oposição nos centros urbanos e no campo, onde a grande massa dos franceses continuava ligada ao clero

No dia 20 de junho de 1792, o rei Luis XVI se vê confrontado com a primeira jornada revolucionária dos sans culottes parisienses – trabalhadores e artesãos que não possuíam culotes, os calções típicos da nobreza.
O conflito entre o povo parisiense e a monarquia estava apenas começando. Suas causas estavam na nacionalização dos bens da Igreja. A nova política religiosa suscitava violenta oposição nos centros urbanos e no campo, onde a grande massa dos franceses continuava ligada ao clero local.
WikiCommons
Durante o verão de 1791, dois deputados, Gallois e Gensonné, avaliam in loco a Vendeia e Choletais e constatam que o fervor quase unânime da Festa da Federação (uma celebração comemorativa do primeiro aniversário da Queda da Bastilha) estava bastante desvanecido. Mesmo com a advertência dos dois parlamentares, a nova Assembleia Nacional legislativa convoca todos os padres refratários a prestar juramento. Desta vez o rei procede com seu veto.
Em 1º de fevereiro de 1792, 400 clérigos que não quiseram prestar juramento foram internados em Angers. A lei de 27 de maio de 1792 ameaça de deportação todos os religiosos refratários. O rei veta a medida novamente e a lei é suspensa. Padres se exilam. Muitos se escondem e continuam a praticar os sacramentos fora das igrejas. Outros, sobem ao cadafalso e são guilhotinados.
Mais além, vêm à tona ainda acontecimentos externos. Em 20 de abril de 1792, o rei e a Assembleia Nacional declaram guerra à Austria que, aliada à Prússia, concentra suas tropas na fronteira. A Assembleia vota um decreto visando a formar um contingente de 20 mil voluntários nos muros da capital para defendê-la. Novamente o rei lança seu veto.
O ministro Roland, um jacobino, dirige-lhe uma carta de admoestação. A carta é rechaçada e o rei constitui um novo ministério, composto unicamente por personalidades do Clube des Feuillants, grupo político de tendência monarquista constitucional que se opunha à destituição do rei Luis XVI. Essa foi a gota d’água para os sans culottes, que se agitam nos clubes revolucionários jacobinos.
Em 20 de junho de 1792, exigem que a Assembleia prive o rei de seu direito de veto para depois investir contra o palácio das Tulherias, onde residia a família real. Desafiam o rei Luis XVI bradando “abaixo o veto!”. Pressionam o monarca a cobrir a cabeça com um barrete vermelho e a beber uma taça de vinho “à saúde do povo”. Todavia, Luis XVI não se deixa desmoralizar e não faz qualquer concessão à multidão, que se retira sem ter obtido nada menos que satisfações simbólicas.
Os espíritos se acaloraram. Em 11 de julho, a Assembleia decreta que “a pátria está em perigo” e mobiliza o país diante da previsão de invasão estrangeira. Abre os escritórios de alistamento para recrutar voluntários e reforça os efetivos do exército.
Os voluntários se alistam com entusiasmo relativo, de acordo com cada região. O leste do país está mais mobilizado do que o oeste. Em Paris, os destacamentos da Guarda Nacional percorrem as ruas ao som de marchas militares, precedidos de um estandarte com a seguinte inscrição: “Cidadãos, a pátria está em perigo”.
Apesar do veto do rei, os deputados tomam a liberdade de autorizar os voluntários dos departamentos de invadir Paris, de modo que os marselheses chegam à capital cantando valentemente o Canto de Guerra do Exércitio do Reno, que seria rebatizado de Marselhesa pelos parisienses.
Em 15 de julho, em Coblença, às margens do Reno, o duque de Brunswick, que comandava o exército prussiano, promete em manifesto escrito “submeter Paris a uma execução militar e a uma subversão total, se a família real sofrer o menor ultraje”.
Contrariamente às suas expectativas, a ameaça desencadeia um assomo patriótico dos franceses
Também nesse dia:
1940 - França se rende à Alemanha nazista sem lutar



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Tempos Modernos

Um clássico... se você nunca viu, não perca tempo!


PROF. DANIEL ANTONIETTO: TINTIM, O IMPERIALISMO E A EUGENIA

PROF. DANIEL ANTONIETTO: TINTIM, O IMPERIALISMO E A EUGENIA: O personagem Tintim do quadrinista francês Herge, dentro de suas muitas aventuras, especialmente as que passam na Àfrica e na China apresent...

Tin Tin e o preconceito racial

Alguma dúvida? Lê e tira a dúvida!



sábado, 16 de junho de 2012

Foi assim que Napoleão perdeu a guerra


Por que quando estamos em pé, mas com o tronco do corpo tombado, as pessoas dizem "foi assim que Napoleão perdeu a guerra"?
Porque quando o exército de Napoleão estava voltando da Rússia, os soldados estavam tão exaustos e havia tanto gelo que eles mal conseguiam andar. Fatigados, eles acabavam tombando na neve, com as pernas e o tronco formando um ângulo de 90 graus.

O ano bissexto


Por que os anos bissextos têm esse nome?
Ao contrário do que muitos pensam, não é porque há dois números "6" na quantidade de dias do ano (366). A expressão veio lá da Roma Antiga, quando os dias tinham nomes baseados no ciclo lunar. Assim, dia 24 de fevereiro se chamava "antediem sextum calendas martii", ou seja, "sexto dia antes da lua nova de março". Antes de ser instituído o 29 de fevereiro, o dia 24 de fevereiro era duplicado de 4 em 4 anos. Portanto, nesses anos ele era chamado de "antediem bis-sextum calendas martii", algo como "duas vezes o sexto dia antes da lua nova de março".

OK


Como surgiu a expressão "OK"?
OK significa "tudo certo" (all correct em inglês). No início do século XIX, em Boston, nos Estados Unidos, em vez de usar as letras AC, que poderiam ser confundidas com alternating current (corrente alternada), as pessoas diziam OK, de oll korrect, gíria de mesmo significado. Durante uma campanha presidencial de 1840, a sigla foi usada como slogan e acabou conhecida no país inteiro. Outra versão é que a sigla começou a ser usada durante a Guerra da Secessão, uma disputa entre o norte e o sul dos Estados Unidos. As fachadas das casas exibiam o OK para indicar zero killed, ou seja, nenhuma baixa na guerra civil.
pergunta, curiosidade, ok

A lenda do açaí


Açaí

Conta a Lenda que há muito tempo atrás, quando ainda não existia a cidade de Belém, vivia neste local uma tribo indígena muito grande. Como os alimentos eram insuficientes, tornava-se muito difícil conseguir comida para todos os índios da tribo. Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional de sua tribo. Até que um dia a filha do cacique, chamada Iaçã, deu à luz uma bonita menina, que também teve de ser sacrificada. Iaçã ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades de sua filhinha. Ficou por vários dias enclausurada em sua tenda e pediu à Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças. Certa noite de lua Iaçã ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua linda filhinha sorridente, ao pé de uma palmeira. Inicialmente ficou parada, mas logo depois, lançou-se em direção à filha, abraçando - a . Porém misteriosamente sua filha desapareceu. Iaçã, inconsolável, chorou muito até desfalecer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros. Itaki então mandou que apanhassem os frutos, deles foi obtido um suco avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (Iaçã invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu sua ordem de sacrificar as crianças.lenda, açaí

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A vida na Amazônia pré-colonial




A vida na Amazônia pré-colonialGrandes sítios arqueológicos, diferentes tipos de cerâmica e o estudo das chamadas terras pretas indígenas são indícios de que a região amazônica desenvolveu uma diversidade cultural muito mais intensa do que se imaginavaSYLVIA MIGUEL

Muiraquitãs e cerâmicas marajoara e tapajônica: vestígios de sociedades complexas

N
a obra clássica de Mário de Andrade, o muiraquitã ganha inúmeros significados antropológicos dados por estudiosos da literatura brasileira. O talismã que permeia a história de Macunaíma tem origem no objeto sagrado que compõe uma das mais famosas lendas amazônicas, a da tribo das icamiabas. Mulheres guerreiras e sem maridos, chamadas de amazonas pelo colonizador europeu, diz a lenda, habitavam o Baixo Amazonas, nas adjacências dos rios Nhamundá e Trombetas. O amuleto, retirado sob a inspiração de Iaci (lua) do fundo de um lago denominado Espelho da Lua (Iaci-uaruá), era oferecido pelas guerreiras aos índios da aldeia vizinha, os guacaris, logo após acasalarem em noites de lua cheia. Uma versão da fábula diz que os rebentos do sexo masculino nascidos dessa união eram sacrificados. Outra, que eram entregues aos guacaris. As meninas permaneciam com a tribo feminina. O amuleto conferia status e poderes mágicos ao seu possuidor.

Bem pequenos e, por isso mesmo, alvo fácil de roubos e contrabandos, os muiraquitãs, quase sempre confeccionados em rochas esverdeadas, tinham em geral forma de sapos. Mais raramente, podiam ser talhados também em rochas brancas, em formatos de morcegos, peixes e homens. Associados à cerâmica conduri, os muiraquitãs não são exclusivos da região do Baixo Amazonas. Há informações de sua ocorrência na ilha de Marajó, além de Santarém, Alto Tapajós, norte de Manaus e até nas Guianas e ilhas do Caribe, segundo o professor Eduardo Góes Neves, do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP.

“A distribuição de muiraquitãs por uma ampla área indica que as populações amazônicas do início do segundo milênio da era cristã não estavam isoladas, e sim integradas em redes de comércio ou em outros tipos de redes que permitiam o contato entre si”, afirma o professor em seu livro A Amazônia pré-colonial, que tem lançamento previsto para maio pela Editora Jorge Zahar. “Não existe um livro sobre o que há de mais novo na arqueologia da Amazônia, e eu sentia falta disso. É também uma forma de devolver à sociedade o que temos estudado na região”, diz Neves, que começou as escavações no Estado do Amazonas em 1990. Desde 1995 coordena na região dos rios Negro e Solimões um grupo de arqueólogos brasileiros e estrangeiros. 


Determinismo

A tradicional idéia de que a Amazônia era basicamente povoada por pequenos grupos nômades tem como base um argumento determinista, que propõe que os fatores ambientais – como escassez do solo e de proteínas e as mudanças climáticas – teriam limitado um processo de crescimento demográfico e de desenvolvimento social, segundo Neves. Por outro lado, afirma, os primeiros europeus relatavam que o rio Amazonas abrigava sociedades numerosas, grandes aldeias governadas por chefes supremos, com organização social e política aparentemente mais complexa do que a que vemos nas populações indígenas contemporâneas. “Nosso grupo de pesquisa tenta responder a essa questão. Queríamos fazer uma crítica ao determinismo ambiental e mostrar a capacidade de adaptação dessas populações”, diz Neves.

É fato que o contato com os europeus, a partir do século 16, provocou mudanças profundas nos povos nativos da Amazônia. Tanto que, atualmente, os indígenas habitam principalmente as áreas periféricas do rio Amazonas – ou seja, o Alto Rio Negro, o Alto Xingu, o planalto das Guianas e a bacia do rio Madeira. Já as proximidades dos rios Amazonas e Solimões e a ilha de Marajó estão repletas de sítios arqueológicos.

Tudo indica que essa mudança territorial ocorreu provavelmente pelo extermínio daquelas populações originais, causado pela transmissão de doenças, guerras e escravidão imposta pelo colonizador branco. O ciclo da borracha, no final do século 19, e a ocupação amazônica por famílias empobrecidas de migrantes nordestinos acentuaram o esvaziamento da área originalmente habitada por indígenas. “Talvez por isso, a imagem que se consolidou entre os cientistas e o público em geral foi a de que a Amazônia foi sempre esparsamente povoada. Atualmente a arqueologia contribui para modificar essa imagem, trazendo evidências da rica história pré-colonial da região”, afirma Neves em seu livro. 

Lendas

Se até certo ponto as lendas podem ser consideradas resquícios da história e das crenças de um povo, como é o caso do muiraquitã, as tradições orais dos povos amazônicos têm sido um caminho seguro para a descoberta de novos sítios arqueológicos. Os arqueólogos acreditam, por exemplo, existir uma clara relação entre os índios palicures, que habitam hoje o norte do Amapá e a Guiana Francesa, e os grupos indígenas criadores das cerâmicas aristé, que remontam ao século 4 ou 5. Essa proximidade ancestral permitiu que os palicures utilizassem sua tradição oral na identificação e pesquisa de sítios na região.

Uma experiência nesse sentido foi realizada no sítio Kwap, nas margens do rio Urucauá. “Nos trabalhos de campo, as informações dos índios foram utilizadas para identificar áreas para a abertura de escavações, normalmente inacessíveis ou pouco visíveis, já que o sítio está atualmente coberto pela mata. Sem essa colaboração, as informações obtidas no campo seriam certamente incompletas”, destaca o livro.

A participação ativa e criativa dos índios tarianas ajudou a identificar sítios arqueológicos na bacia do Alto Rio Negro. De acordo com as histórias contadas de geração em geração, os tarianas teriam se estabelecido na área por volta do século 15 e sofrido muitos conflitos armados. Já os cuicurus, no Alto Xingu, trabalharam com os arqueólogos no mapeamento de grandes aldeias circulares, cercadas por valas artificiais e conectadas por estradas.

Ao mesmo tempo em que participam dos trabalhos em campo da arqueologia amazônica, diversos grupos indígenas têm se organizado em torno de representações comunitárias e exercido cada vez mais pressão e preocupação quanto aos usos e proteção do patrimônio arqueológico. Questões como a proteção contra salteadores e a guarda definitiva de artefatos têm provocado um debate tal que evidencia “uma nova época no relacionamento entre índios e arqueólogos”, relata Neves.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Morre o "Rei do Trololó"

O mundo parou hoje para chorar a morte de um dos grande ícones da história moderna dos memes. Morreu hoje aos 77 anos o cantor russo Khil Eduard, que pra quem não conhece, é o grande intérprete da bela canção "Trololó", que mexeu com os russos durante os amargos anos da guerra fria e voltou para alegrar o mundo em 2010 quando virou meme e trouxe alegria ao 9gag.
Para eternizar a imagem e a voz de Khil, dê o play abaixo e ouça junto de seus amigos mais uma vez o inesquecível "Trololó"!


sábado, 2 de junho de 2012

Filmes!!!

10 Filmes Medievais



A Idade Média é o período compreendido entre o fim do Império Romano (Idade Antiga) e o início das grandes navegações, com a chegada à América e, também, a queda de Constantinopla, que deram início à Idade Moderna.
Os cerca de mil anos foram marcados pela disseminação (e jugo) do cristianismo e por batalhas que deram a Europa boa parte da sua divisão geo-política atual.
Deste período, as Cruzadas e a peste negra foram os fatos mais explorados pelo cinema.
Esta lista traz 10 filmes passados na Idade Média, procurando dar um panorama geral da época, mas estejam à vontade para sugerir outros títulos. 


1.  Ladyhawke, o Feitiço de Aquila (começo a lista com esta encantadora fantasia romântica sobre um casal impedido de viver seu amor, por uma maldição lançada pelo bispo de Aquila, onde ele - Rutger Hauer -, durante as noites, se transformava num lobo e ela - Michelle Pfeiffer -, durante os dias, se transformava num falcão, jamais se encontrando sob a forma humana. com a ajuda de um prisioneiro - Matthew Broderick -, que escapou das muralhas. e passando por grandes batalhas e aventuras, o casal vai tentar acabar com a maldição)


2.  O Leão no Inverno (no natal de 1183, o rei Henry II - Peter O'Toole - reúne os 3 filhos e a esposa - Katharine Hepburn -, no castelo, onde ela está isolada há anos, para não interferir no seu reinado. a razão do encontro é decidir quem irá sucedê-lo no trono inglês. rei e rainha têm seus preferidos, mas os filhos farão alianças e intrigas, onde tudo o que interessa é o poder)


3.  Cruzada (no século 12, um bastardo ferreiro francês - Orlando Bloom - torna-se cavaleiro e barão de um feudo na terra santa, por obra de seu pai nobre. após sua morte, ele vai para Jerusalém, numa cruzada, tomar posse de seu feudo. no caminho enfrenta e mata um experiente guerreiro mulçumano. excelente recriação de época de Ridley Scott)


4.  El Cid (Charlton Heston interpreta o lendário herói espanhol na luta contra os invasores mouros no século 11 e seus esforços pela unificação da Espanha. grandes cenas de batalhas e ótima reconstituição de época num épico de Hollywood)


5.  Os Contos de Canterbury (o menos famoso dos filmes da "trilogia da vida" de Pier Paolo Pasolini, foi gravado em locações na Inglaterra, embora seja falado em italiano. baseado nos contos do poeta Chaucer, do século 14, começa com uma peregrinação a Canterbury, onde os componentes contam suas divertidas histórias envolvendo sexo, escatalogia e crítica à igreja. ótima trilha de Ennio Morricone, direção de arte de Dante Ferretti e figurinos de Danilo Donati e sequências com inspiração no pintor Hyeronimus Bosch)


6.  A Lenda da Flauta Mágica (no verão de 1349, a peste negra atinge Hamelin, no norte da Alemanha. um grupo de menestréis chega para o casamento da filha do prefeito. um dos menestréis, um flautista, se oferece para atrair os ratos, com sua música, para fora da cidade, mas o prefeito desiste de contratá-lo. um boticário judeu procura a cura para a praga, mas é acusado de magia pelos padres. ganância, corrupção, ignorância e a doença vão destruir a cidade. filme americano do francês Jacques Demy, baseado na famosa lenda do flautista de Hamelin)


7.  Joana d'Arc (nascida em 1412, na França, Joana ainda jovem desenvolveu uma forte religiosidade. a guerra dos cem anos com a Inglaterra se prolongava desde 1337. ela então tem uma visão, que a impele a liderar os franceses numa missão divina de libertar o país dos ingleses. mas isso é o começo do seu fim. escolhi a versão de Luc Besson, estrelada por Milla Jovovich, mas existe uma ótima versão com Ingrid Bergman)


8.  Conquista Sangrenta (um bando de mercenários medievais, decide vingar-se de um nobre que não os pagou, raptando sua a noiva de seu filho. como a peste e a guerra deixaram um rastro de destruição por toda a terra, invadem o castelo, expulsam seus ocupantes e ficam a espera do seu destino. aventura violenta de Paul Verhoeven, estrelada por Rutger Hauer)


9.  O Retorno de Martin Guerre (na França da era medieval, um soldado - Gerard Depardieu, volta para casa, depois de passar vários anos na guerra. ninguém mais no seu vilarejo o reconhece e começam a desconfiar que ele não é quem diz ser. ótimo filme de Daniel Vigne)


10.  Coração Valente (o filme retrata a vida do herói escocês William Wallace, que no final do século 13, uniu seus compatriotas para enfrentar os exércitos ingleses e os senhores feudais, para libertar a Escócia. ganhador de 5 Oscars, incluindo filme e diretor para Mel Gibson)


10 Filmes com Rainhas Britânicas



Intrigas, assassinatos, casamentos, guerras... 
A vida da Coroa de Inglaterra e Escócia já foi muito agitada, especialmente quando as mulheres tinham o poder.
Alguns ótimos filmes foram feitos sobre estas regentes, selecionei uma lista de 10.


1.  A Rainha (Helen Mirren está brilhante como a rainha Elizabeth II, atual governante inglesa, hoje uma figura apenas símbólica, que tem que se preocupar com sua imagem diante da morte da nora, Diana)


2.  Elizabeth (a Inglaterra de 1554 vive em conflitos entre católicos e protestantes. a rainha Mary Tudor, católica, adoece e é obrigada a passar o trono para a meia irmã Elizabeth - Cate Blanchett -, protestante e filha única de Anna Bolena, que herda um país falido. gradativamente ela se consolida no poder e traça os primeiros passos do que seria o império britânico)


3.  Elizabeth - A Era de Ouro (Cate Blanchett volta nesta continuação. em 1585, cerca de 30 anos depois de assumir o trono, Elizabeth I se vê envolvida num plano da coroa espanhola para matá-la e restaurar o catolicismo na Inglaterra, entronando sua prima Mary Stuart, rainha da Escócia. não é tão bom quanto o primeiro, mas é bem feito)


4.  Sua Majestade, Mrs. Brown (Judi Dench vive a rainha Vitória I, que regeu o país pela maior parte do século XIX. após a morte de seu marido, o príncipe consorte, a rainha entra em luto profundo, se afastando de qualquer compromisso social. até que o mais fiel serviçal do príncipe e amigo da família, John Brown, torna-se cavalariço da rainha e aos poucos a tira do luto, gerando fofocas e o maldoso apelido de Mrs.Brown a Vitória. ótimo filme intimista)


5.  Lady Jane (a morte de Henry VIII criou um caos na sucessão da Coroa britânica. seu filho Edward assumiu, mas tinha a saúde frágil e morreu jovem, sem deixar herdeiros. para evitar que Mary Tudor, católica assumisse, o primeiro ministro casa seu filho com a jovem Jane Grey, que em 1553, aos 16 anos de idade,  assume, contra sua vontade, o trono inglês por apenas 9 dias, pois foi destituída por sua prima Mary e condenada à morte por traição. parece Shakespeare, mas é fato. Helena Bonham-Carter está ótima como Jane)


6.  A Rainha Tirana - The Virgin Queen (uma outra visão de Elizabeth I, aqui Bette Davis é a rainha já em idade avançada, que se apaixona pelo aventureiro sir Walter Raleigh, que quer construir barcos e explorar o novo mundo, mas ele está mais interessado numa das damas de companhia, que enfrentará a fúria da rainha)


7.  O Leão no Inverno (no natal de 1183, o rei Henry II, reúne os três filhos e a esposa Eleanor de Aquitânia, de quem estava separado, para decidir quem irá sucedê-lo. aí começam as intrigas e alianças em família, para chegarem a uma decisão. Eleanor foi rainha consorte da Inglaterra e da França. sua fortuna e habilidade política a fizeram uma das mulheres mais influentes da Idade Média. interpretações espetaculares de Katharine Hepburn e Peter O'Toole)


8.  Ana dos Mil Dias (Henry VIII - Richard Burton - rompeu com a igreja católica para anular seu casamento com Catarina de Aragão - Irene Papas -, que não conseguiu lhe dar um filho homem, para casar-se com Anna Bolena - Geneviève Bujold. ela reinou ao seu lado por mil dias, mas como também não lhe deu um filho homem, apenas Elizabeth - que viria a ser Elizabeth I - acabou condenada à morte. bom filme)


9.  Mary Stuart, Rainha da Escócia - Mary, Queen of the Scots (1972 de Chales Jarrot. Vanessa Redgrave é Mary Stuart, rainha católica da Escócia, e ex-rainha consorte da França, que tem que enfrentar a prima, Elizabeth I - Glenda Jackson - num confronto desigual, além das intrigas dentro de seu próprio castelo)


10.  Mary Stuart, Rainha da Escócia  - Mary of Scotland (1936 de John Ford. Katharine Hepburn é Mary, que regressa da França para assumir seu trono, contra a vontade do irmão. após uma guerra civil, pede asilo à prima Elizabeth, na Inglaterra, com consequências trágicas) 




10 Filmes sobre a Revolução Francesa



A revolução francesa foi um conjunto de acontecimentos ocorridos entre 5 de maio de 1789, com a queda da Bastille e 9 de novembro de 1799, com o golpe de estado do 18 Brumário por Napoleão Bonaparte.
Este período mudou o mundo e a relação entre os seres humanos, A revolução marcou o início da Idade Contemporânea. Sua filosofia aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os direitos universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade".
Apesar disso, não existem tantos bons filmes quanto o tema mereceria., mas selecionei 10 bons exemplares nesta lista.


1.  Danton (dirigido pelo polonês Andrzej Wajda, é o melhor drama sobre a revolução. foca na história do líder revolucionário Danton - Gerard Depardieu - e seu confronto pós-revolução com o ex-aliado Robespierre - o fantástico Woyciech Pszoniak -, agora no poder. contando com o apoio popular, acaba, traído, indo a julgamento)


2.  La Revolution Française (minissérie comemorativa dos 200 anos da revolução em 1989, dividida em duas partes, para ser exibido no cinema. traz Klaus Maria Brandauer no papel de Danton e Jane Seymour como Maria Antonieta. tenta ser correto historicamente, mas não foi um grande sucesso, nem mesmo na França. existe em dvd)


3.  Maria Antonieta (a versão de 1938, com Norma Shearer e Tyrone Power é uma visão adocicada e romanceada de uma das figuras mais emblemáticas do fim da realeza na França. uma linda princesa austríaca é levada à Versailles para casar-se com o futuro rei, Luis Aufusto, mas apaixona-se por um conde e terá que optar pelo coração ou a realeza. bem, como todo mundo sabe, ela acaba rainha e na guilhotina. esta história foi refilmada em tom pop, por Sofia Coppola em 2006)


4.  Casanova e a Revolução - La Nuit de Varennes(um curioso road-movie de Ettore Scola, contando a revolução sob o ponto de vista dos passageiros de uma carruagem que se dirige a Varennes, na mesma rota por onde o rei Luis XVI estava se deslocando, para escapar dos insurgentes. entre os passageiros estão um escritor controverso, uma condessa, uma cortesã da rainha, um ativista político americano e até o envelhecido sedutor Casanova - Marcello Mastroiani. interessante)


5.  A Queda da Bastilha (baseado no romance de Charles Dickens, "A Tale of Two Cities", conta a história de um triângulo amoroso em meio aos turbulentos tempos da revolução. um emigrante francês é acusado de espionagem e defendido por um advogado inglês, que se apaixona pela noiva do acusado. um bom filme, em sua primeira versão de 1935)


6.  O Pimpinela Escarlate (na França do século XVIII, um aristocrata - Leslie Howard - leva uma vida dupla. passa-se por um nobre afetado e patético, mas trama secretamente e usando disfarces, para livrar a nobreza e a população do reinado de terror imposto por Robespierre, que teria decapitado mais de 15 mil pessoas na guilhotina. esta versão de 1935 teve continuações e várias refilmagens)


7.  Scaramouche (pouco antes da revolução, a rainha Marie Antoinette pede ao seu primo marquês, que descubra a identidade de um panfleteiro que está atacando a imagem da nobreza. exímio espadachim, o primo mata o homem, mas deixa escapar seu amigo, que refugi-se em uma companhia teatral, onde vive sob a máscara de um bufão, enquanto treina para vingar a morte do amigo. capa-espada de primeira, dirigido por George Sidney em 1952)


8.  Napoleão (este clássico do cinema mudo, de 1927, dirigido por Abel Gance ainda é a melhor biografia de Napoleão Bonaparte. feito para ser a primeira de 6 partes - que nunca foram realizadas -, mostra desde a infância, sua evolução como estrategista militar e sua efetiva participação na revolução francesa. o filme foi inovador ao utilizar nos últimos 20 minutos, além das cenas panorâmicas, outras montagens em 3 telas simultâneas. inovador)


9.  Mercenários Num Reino em Chamas (antes da revolução, numa família aristocrática,  nascem dois irmãos gêmeos - Donald Sutherland e Gene Wilder - e ao mesmo tempo nascem numa família pobre, outros gêmeos - os mesmos atores. graças a uma confusão os bebês são trocados. quando começa a revolução, o rei convoca os nobres a lutar e os pares de gêmeos estarão em lados opostos da batalha. comédia até divertida)


10.  A Marselhesa (um filme feito em tom documental por Jean Renoir em 1938. mostra através de vários personagens, dos cidadãos de Marselha, condes e do rei Luis XVI, os fatos que levaram à revolução e à criação do hino nacional francês de mesmo nome.


10 Filmes sobre o Holocausto



O termo Holocausto é reconhecido atualmente como o genocídio perpetrado a grupos politicamente indesejados pelo regime nazista de Adolf Hitler.
Por anos, durante a segunda guerra, foram exterminados não apenas judeus, mas também homossexuais, comunistas, sindicalistas, ciganos, eslavos, deficientes motores, deficientes mentais, testemunhas de jeová, mórmons, etc...
A importância do cinema na denúncia destes crimes deve ser reconhecida. Os eventos e os campos de concentração foram bem retratados em filmes e documentários. Sem estas imagens, é provável que os que negam a existência do holocausto, pudessem hoje ser levados a sério. Até por isso existe um claro lobby da indústria em premiar e reconhecer filmes sobre o tema, o que me parece justo.
Não foi fácil elaborar esta lista com apenas 10 exemplos e muitos de vocês vão sentir falta de vários filmes, alguns até óbvios, por isso peço que sugiram nos comentários filmes para compor uma 'lista-bônus'.


1.  A Lista de Schindler (o melhor filme sobre o tema é também um grande projeto pessoal do cineasta judeu-americano Steven Spielberg. o filme foi feito em preto e branco, apenas com detalhes coloridos. conta a história de um industrial alemão que negociava com os nazistas a utilização de trabalhadores judeus em sua fábrica, poupando-os de serem levados para os campos de concentração. comovente, pungente, obra-prima)


2.  O Pianista (Adrian Brody é um pianista judeu-polonês, que interpretava peças clássicas na rádio, quando as primeiras bombas caíram sobre a Polônia. o filme mostra a formação do gueto de Varsóvia e a luta pela sobrevivência deste personagem, escondendo-se nas ruínas da cidade. ótimo filme de Roman Polanski)


3.  Os Falsários (um brilhante falsificador judeu é preso e cooptado pelos nazistas para coordenar a fabricação de cédulas estrangeiras numa gráfica montada dentro de um campo de concentração, onde ele e o grupo gozavam de algumas 'mordomias', como comer. excelente filme austríaco sobre o tema)


4.  Filhos da Guerra - Europa Europa (conta a incrível história de um garoto que se safa dos campos de concentração, escondendo sua ascendência judaica e chegando a se alistar na juventude hitlerista, como exemplo de 'perfeito ariano'. brilhante filme da polonesa Agnieszka Holland) 


5.  Noite e Neblina (um dos mais importantes documentos da história do cinema. realizado em 1955, a partir de um convite do Comitê da História da Segunda Guerra ao cineasta Alain Resnais, para a comemorar o aniversário de libertação dos campos de concentração. as imagens, ora coloridas ora em preto e branco, foram as primeiras que tangibilizaram o Holocausto e chocaram o mundo)


6.  O Refúgio Secreto (filme de 1975, conta a história real de uma família cristã holandesa que decide esconder judeus e membros da resistência num pequeno esconderijo em sua casa, até serem descobertos e levados a um campo de concentração. o filme escorrega um pouco na pieguice cristã, mas foi um dos primeiros a mostrar dramaticamente os campos de concentração)


7.  O Diário de Anne Frank (uma menina holandesa vive com seus pais e irmã num sótão secreto, junto com mais uma família judia. ela escreve um diário onde conta seu cotidiano, os perigos e privações. feito em 1959, baseado num best-seller, comoveu uma geração)


8.  O Homem do Prego (é um dos primeiros filmes a tratar do trauma causado aos sobreviventes do Holocausto. Rod Steiger - ótimo - é um operador de uma casa de penhores em Nova York, atormentado pelas lembranças dos campos de concentração. ótima direção de Sidney Lumet)


9.  Bent (Clive Owen é um homossexual levado a um campo de concentração, mas lá troca o triângulo rosa, que identifica os gays, pela estrela amarela dos judeus. conhece e se apaixona por um outro prisioneiro que tem orgulho de usar o triângulo rosa)


10.  Holocausto (minissérie americana que teve o mérito de levar aos grandes públicos as histórias do Holocausto. conta em paralelo as história de duas famílias, uma judia e outra alemã. a primeira tem Meryl Streep e seu marido que são separados e levados a campos de concentração. a outra experimenta a ascenção de um advogado içado a oficial nazista)
Artigo de http://listasde10.blogspot.com.br