Reflexão

A FÉ NÃO CONSISTE NA IGNORÂNCIA, MAS NO CONHECIMENTO.
João Calvino

sábado, 2 de outubro de 2010

De onde vem a expressão...

"Novo em folha"
Inspirada no papel, frase qualifica objetos e pessoas

por Lívia Lombardo

Quando queremos dizer que algo nunca foi usado ou que, se já foi, está em ótimo estado, dizemos que está "novo em folha". A expressão também pode ser usada para designar alguém que, depois de se machucar ou enfrentar uma doença, está curado.

É fácil entender por que usamos o adjetivo "novo" para nos referirmos a esses objetos ou pessoas. Mas o que a folha tem a ver, por exemplo, com um carro zero, um sapato recém-comprado ou alguém que acabou de sair de um hospital?

Isso acontece porque a origem da expressão vem das folhas de papel branquinhas, limpinhas e sem amassados dos livros novos quando acabam de ser impressos. São livros novos em folha.

em http://historia.abril.com.br/cultura/novo-folha-518231.shtml


"A preço de banana"
Portugueses criaram a expressão no Brasil

por Érica Georgino

Usamos a frase "a preço de banana" quando encontramos um artigo com preço baixo, mas tão baixo, que nem dá vontade de pechinchar. Essa expressão remonta ao descobrimento do Brasil: ao chegar aqui, os portugueses encontraram bananeiras produzindo naturalmente, sem que fosse necessário plantá-las.

Durante a colonização, era comum encontrar a fruta em propriedades agrícolas e quintais, pelo simples motivo de que as bananeiras são plantas de fácil cultivo em climas quentes e úmidos. A abundância fez com que a fruta não atingisse altos valores comerciais, e assim a banana virou sinônimo de produto barato.
em http://historia.abril.com.br/cultura/preco-banana-518167.shtml

"Salvo pelo gongo"
Explicações para a frase estão relacionadas a sinos

por Lívia Lombardo

Existem diversas versões para explicar a origem dessa expressão usada quando alguém consegue se livrar, no último instante, de um perigo ou uma situação constrangedora. A mais difundida está ligada aos casos de pessoas enterradas vivas com surtos de catalepsia, o distúrbio que impede o doente de se movimentar. Para evitar essas tragédias, as famílias na Europa passaram a amarrar uma cordinha no pulso do defunto, prendendo-a a um sino que ficava do lado de fora do túmulo. Se não estivesse morta, a pessoa seria literalmente salva pelo gongo.

Já o pesquisador Marcelo Duarte afirma, no livro Guia dos Curiosos - Língua Portuguesa, que a frase surgiu em Londres, no século 17. Um guarda do palácio de Windsor acusado de dormir no posto alegou que estava tão acordado que tinha ouvido o sino da igreja tocar 13 vezes naquela noite.
em http://historia.abril.com.br/cultura/salvo-pelo-gongo-497560.shtml

"Colocar a mão no fogo"
Expressão é inspirada na Inquisição medieval

por Lívia Lombardo

Quando colocamos a mão no fogo por alguém é porque confiamos na inocência dessa pessoa e, por isso, temos certeza de que não vamos nos prejudicar. Na Idade Média, no entanto, colocar a mão no fogo era dor na certa. Essa expressão surgiu de um método nada racional usado pela Igreja para avaliar acusados de heresia.

O julgamento consistia em envolver as mãos do réu com estopa e cera e fazer com que ele andasse por alguns metros na frente do juiz e de testemunhas segurando uma barra de ferro em brasa. Com o calor, a cera derretia rapidamente e as mãos ficavam atadas. Três dias depois, a estopa era retirada e as mãos do acusado eram verificadas. Qualquer queimadura era considerada sinal de que a pobre criatura não havia sido protegida por Deus, e por esse motivo seria condenada à morte.
em http://historia.abril.com.br/cultura/colocar-mao-fogo-493923.shtml

"Ovelha negra"
Frase tem o mesmo sentido em diversos idiomas

por Lívia Lombardo

Essa expressão não é brasileira nem restrita à língua portuguesa. Vários outros idiomas (como o inglês, o alemão, o francês e o espanhol) também a utilizam para designar alguém que destoa de um grupo, assim como uma ovelha da cor preta se diferencia em um rebanho de animais brancos.

As origens da frase são milenares. Na Antiguidade, os animais pretos eram considerados maléficos e, por isso, sacrificados em oferenda aos deuses ou para acertar acordos. Por exemplo: em um episódio da Ilíada de Homero, escrita provavelmente no século 9 a.C., há o relato do sacrifício de uma ovelha negra como garantia do pacto celebrado entre Páris e Menelau, que resultou na Guerra de Tróia. Surgia assim o hábito de chamar de "ovelha negra" aqueles que se diferenciam por desagradar e chocar.
em http://historia.abril.com.br/cultura/ovelha-negra-482880.shtml

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