Reflexão

A FÉ NÃO CONSISTE NA IGNORÂNCIA, MAS NO CONHECIMENTO.
João Calvino

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Amazônia do século XVIII




1) (UFAM/PSM/2010) Na segunda metade do século XVIII, o Estado do Grão-Pará e Maranhão não ficou de fora das medidas reformistas adotadas por Sebastião José de Carvalho e Melo (então Conde de Oeiras e futuro Marquês de Pombal), que tinham como principal objetivo minimizar a dependência econômica do Reino de Portugal em relação à Inglaterra. No caso específico desta outra colônia portuguesa na América do Sul, a criação da Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão, em 1755, foi a medida econômica de maior vulto para a sua integração às novas diretrizes da Coroa lusitana, e reinseriria a Amazônia, em novas bases, no comércio atlântico. 
Dentre as ações elencadas abaixo, assinale aquela que corresponde ao conjunto de realizações desta Companhia: 
a) Monopolizou o comércio de escravos africanos e incentivou o cultivo do café, da cana-de-açúcar, do tabaco, do anil e do cacau, bem como a realização de experiências agrícolas, introduzindo o arroz branco, além de estimular a coleta das drogas do sertão. 
b) Assegurou aos colonos leigos e missionários a liberdade para o recrutamento pacífico (descimentos) ou violento (guerras justas) da força de trabalho indígena, bem como o livre-comércio dos índios que haviam sido cativados nas guerras intertribais em diversas regiões do Estado do Grão-Pará e Maranhão. 
c) Incentivou a imigração de agricultores dos Açores e de Mazagão para os diversos lugares e vilas do Estado do Grão-Pará e Maranhão, os quais, com o auxílio de escravos índios e africanos, introduziriam a agricultura comercial do algodão. 
d) Demarcou terras específicas para a mineração, principalmente de ouro, concorrendo com a capitania das Minas Gerais, no Estado do Brasil. 
e) Concedeu honrarias aos Principais indígenas do Estado do Grão-Pará e Maranhão que colaboravam nas diversas atividades econômicas, dado que os índios sob sua jurisdição foram empregados em atividades agrícolas voltadas para o comércio exterior, como o cultivo do algodão. 



2) (UFAM/PSM/2010) No governo de Manuel da Gama Lobo d’Almada (1788-1799), a Capitania do Rio Negro vivenciou algumas mudanças de cunho positivo, dentre as quais se destacam: a mudança da sede da capitania, para melhorar a comunicação com Belém; o relacionamento menos tenso entre as autoridades coloniais e os índios, caracterizando um período de relativa paz interna; a implementação e intensificação de atividades agrícolas e manufatureiras, culminando numa relativa prosperidade econômica. Quanto ao governo de Lobo d’Almada é correto afirmar que: 
a) Transferiu a sede da capitania de Barcelos para a Barra do Rio Negro; promoveu a pacificação dos índios Mundurucus; desenvolveu os cultivos de mandioca, anil, algodão, e as manufaturas de têxteis, de olaria, de cuias. 
b) Transferiu a sede da capitania de Barcelos para a Barra do Rio Negro; promoveu a pacificação dos índios Muras; desenvolveu os cultivos de mandioca, anil, algodão, e as manufaturas de têxteis, de olaria, de cuias. 
c) Transferiu a sede da capitania da Barra do Rio Negro para Barcelos; promoveu a pacificação dos índios Maués; desenvolveu os cultivos de mandioca, anil, algodão, e as manufaturas de têxteis, de olaria, de cuias. 
d) Transferiu a sede da capitania de Barcelos para a Barra do Rio Negro; promoveu a pacificação dos índios Miranhas; desenvolveu os cultivos de mandioca, anil, algodão, e as manufaturas de têxteis, de olaria, de cuias. 
e) Transferiu a sede da capitania da Barra do Rio Negro para Barcelos; promoveu a pacificação dos índios Mundurucus; desenvolveu os cultivos de mandioca, anil, algodão, e as manufaturas de têxteis, de olaria, de cuias. 



3) (UNAMA/2004)“Os preços cobrados no Grão-Pará e Maranhão por cada escravo vermelho, que em épocas normais eram de R$20$000 e em épocas de escassez chegavam a Rs70$000, eram proibitivos para a maioria dos colonos, cuja sobrevivência vinculava-se ao cultivo de pequenos sítios, onde se plantava mandioca para a fabricação da farinha, arroz, feijão e à atividade de extração das “drogas do sertão”, esta última quase que inteiramente dependente do trabalho indígena, devido ao conhecimento que os índios tinham dos locais onde as mesmas poderiam ser encontradas.” 
(ALVES JÚNIOR, José. As ordens religiosas na Amazônia: o conflito pelo controle do trabalho indígena. 

In FONTES, Edilza (org.). Contanto a História do Pará. Vol. I. Belém: E.Motion, 2002, p.155) 

A partir da leitura do texto e dos estudos históricos sobre a organização do trabalho na Amazônia colonial, podemos dizer que diversos fatores contribuíram para a escassez da mão-de-obra indígena usada pelos colonos, tais como: 
a) o aumento do tráfico negreiro para a Capitania do Grão-Pará, a partir da criação da Companhia de Comércio do Maranhão, pelo Marquês de Pombal, a qual tinha, entre suas finalidades, diminuir a necessidade de mão-de-obra indígena na região, pois este era o assunto mais presente nas reivindicações dos colonos à Metrópole. 
b) os índios não se adaptavam ao trabalho agrícola, pois até a chegada do europeu na Amazônia, as diversas tribos indígenas que habitavam essa região eram coletoras, principalmente das chamadas “drogas do sertão”, o que as fez reagir de forma violenta ao processo de escravidão que lhes queriam impor. 
c) a pobreza da Capitania do Grão-Pará, cujos habitantes trabalham em minifúndios, assentados em uma agricultura de subsistência, apoiada, basicamente, na mão-de-obra familiar, o que os faziam não ir atrás da mão-de-obra indígena, que era muito cara, pois os que praticavam o tráfico de escravos vermelhos cobravam preços muito altos, devido a dificuldade de obtê-la através das chamadas tropas de resgate. 
d) o preço cobrado pelos traficantes de escravos indígenas era considerado alto, para uma capitania que vivia em uma situação financeira difícil, praticando, de um modo geral, a troca de produtos devido à inexistência, até 1750, de moedas metálicas, e o crescente controle dos missionários, principalmente jesuítas, sobre o trabalho indígena. 
e) a abundância da mão-de-obra indígena, já que na região amazônica, diferente do que ocorreu em outras regiões do Brasil, o índio foi dócil ao colonizador europeu. 


4) (PSC/2002) No final do século XVII, o descontentamento local dos colonos do Estado do Maranhão era grande: não tinham acesso às aldeias de índios para recrutar trabalhadores e estavam insatisfeitos com o desempenho da Companhia de Comércio do Maranhão (1682-1684). Logo traduzido em sublevação, o movimento dos colonos maranhenses ficou conhecido como: 
a) Guerra dos Emboabas 
b) Guerra dos Mascates 
c) Confederação do Equador 
d) Revolta dos Beckman 
e) Sedição de Vila Rica 


5) Na segunda metade do século XVIII, Pombal expulsou os missionários da Companhia de Jesus do Brasil. Sobre essa medida controvertida, podemos assegurar que: 
a) A expulsão não se realizou e os jesuítas continuaram a obra de catequese até o século XIX em várias regiões brasileiras, em especial na Amazônia. 
b) Sua expulsão foi realizada sob a justificativa de que a Companhia se transformara em "um Estado dentro do Estado" devido ao seu grande poder econômico e político. 
c) Com a saída dos missionários, Pombal descentraliza a administração colonial e transforma as missões em centros autônomos pertencentes a diferentes ordens religiosas. 
d) Os bens da Companhia de Jesus existentes no Brasil permaneceram sob o controle da Ordem que nomeava administradores residentes na própria colônia. 
e) Os aldeamentos indígenas dos jesuítas não sofreram alterações porque passaram, de imediato, para a gestão de outras ordens religiosas que deram continuidade a política inaciana. 


6) Está relacionada com as realizações de Lobo D’Almada: 
a) Transferiu a capital da Capitania de São José do Rio Negro do Lugar da Barra para a Vila de Barcelos, em 1791. 
b) Fundou a vila de Barcelos. 
c) Criação do Corpo de trabalhadores, visando melhorar a organização da mão-de-obra indígena. 
d) Preocupou-se com o abastecimento de gado para a região. 
e) Elevou a condição de vila várias aldeias. 


7) Entre as mudanças operadas na Amazônia pela intervenção do Marquês de Pombal estão a/o: 
a) a)Criação da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão e o incentivo à ampliação dos colégios jesuíticos. 
b) b)Expulsão da Companhia de Jesus e a extinção da Companhia de Comércio do Grão-Pará. 
c) c)Criação da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão e a educação orientada pelos missionários da Companhia de Jesus. 
d) d)Expulsão dos missionários da Companhia de Jesus e a criação do Regimento das Missões. 
e) e)Perseguição aos missionários da Companhia de Jesus e a criação do Diretório Pombalino. 


8) O Marquês de Pombal, ministro do rei D.José I (1750-1777), foi o responsável por uma série de reformas na economia, educação e administração do Estado e do império português, inspiradas na filosofia iluminista. 
O Marquês de Pombal foi um dos representantes do chamado: 
a) Parlamentarismo monárquico. 
b) Socialismo Utópico. 
c) Despotismo Esclarecido. 
d) Liberalismo. 
e) Príncipe das Trevas. 


9) Sobre a Capitania de São José do Rio Negro, marque a alternativa INCORRETA: 
a) Foi criada por ordem real e instalada por Francisco Xavier de Mendonça Furtado. 
b) Diversos governadores administraram a Capitania de São Jose do Rio Negro. O primeiro foi Francisco de Melo e Póvoas. 
c) Esta Capitania é a raiz do Estado do Amazonas. O destaque governamental foi Lobo D’Almada. 
d) Para sede (capital) da Capitania foi escolhido o Lugar da Barra, hoje Manaus. 
e) Em 1822, com a Independência do Brasil, a Capitania de São José do Rio Negro passou a ser administrada pelo governo do Pará. 


10) Com a morte do rei D. José I, em 1777, estava terminado o ciclo de poder do Marquês de Pombal. Quem assumiu então o poder na Coroa portuguesa e como ficou conhecido o fenômeno que mudou toda a estrutura administrativa no reino: 
a) D. Maria I - Viradeira. 
b) D. José II - Período Josentino. 
c) D. João VI - Governo joanino. 
d) D. Maria I - Corpo de Trabalhadores. 
e) D. Pedro I - Primeiro Império Brasileiro.

11) (UFAM - PSC/2010) Dentre os muitos conflitos bélicos movidos por sociedades nativas contra o expansionismo português na Amazônia Colonial, um tornou-se famoso: o liderado pelo tuxaua Ajuricaba que, entre 1723 e 1727, comandou os índios Manaus, habitantes dos vales dos rios Negro e Branco. Este longo conflito armado deveu-se:
 a) À animosidade entre ambos os grupos, uma vez que eles estavam interessados nas regiões férteis das Guianas. 
b) À cobiça que ambos os grupos tinham em relação às regiões auríferas do alto rio Negro.
c) À imposição, por parte dos lusitanos, em converter os Manaus ao catolicismo.   
d) À recusa de Ajuricaba em reconhecer a soberania da Coroa Portuguesa na região do rio Branco,
uma vez que já se declarara súdito da Coroa Holandesa.
e) Ao choque de interesses entre os Manaus e os lusitanos, uma vez que ambos os grupos tentavam arregimentar cativos de outras nações indígenas para transformá-los em mão-de-obra
escrava. 

1-A     2-A     3-D     4-D     5-B     6-D     7-E     8-C     9-E     10-A  11-E

Nenhum comentário:

Postar um comentário